Portugal anunciou que está considerando reconhecer oficialmente o Estado da Palestina durante a Assembleia Geral das Nações Unidas em setembro. A decisão foi comunicada pelo gabinete do primeiro-ministro Luís Montenegro, alinhando-se com outros países ocidentais que já manifestaram intenções similares.
O anúncio português surge em um momento crítico, quando diversos países como França, Reino Unido e Canadá também sinalizaram sua disposição para reconhecer o Estado palestino. Esta movimentação diplomática ocorre em meio a crescentes preocupações com a situação humanitária na Faixa de Gaza.
De acordo com o comunicado oficial do gabinete do primeiro-ministro, a decisão foi resultado de “múltiplos contatos” com parceiros internacionais. As autoridades portuguesas citaram como fatores determinantes “os desenvolvimentos extremamente preocupantes do conflito, tanto do ponto de vista humanitário quanto devido às repetidas alusões a uma possível anexação de territórios palestinos” por Israel.
A situação humanitária em Gaza tem se agravado significativamente, como evidenciado pelo relatório da Classificação Integrada de Segurança Alimentar (IPC), que caracterizou a crise como tendo atingido “um ponto alarmante e mortal”. Este cenário tem intensificado a pressão internacional por ações diplomáticas mais concretas.