Operação encontra central de celulares clandestina na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem

Operação encontra central de celulares clandestina na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem

Operação descobre esquema de aluguel de celulares entregues por drones na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, com valores entre R$ 50 e R$ 1 mil

Uma operação interna na Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, localizada em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, revelou a existência de uma central clandestina de ligações telefônicas operada por detentos. A descoberta, confirmada nesta quinta-feira (31), foi inicialmente denunciada por policiais penais da unidade e posteriormente validada pelo sindicato da categoria.

A investigação resultou na apreensão de um significativo arsenal de equipamentos de comunicação ilegais, todos encontrados em um setor denominado “MelhorArte”, onde os detentos realizam atividades artísticas como forma de redução de pena. O material estava distribuído em três armários do local.

Material apreendido e funcionamento do esquema

* Foram encontrados 34 telefones celulares, 38 chips, 38 carregadores e diversos pacotes de cigarro escondidos estrategicamente nos armários do setor
* O abastecimento da central era realizado por drones que sobrevoavam a unidade prisional durante a madrugada em baixa altitude
* Os detentos recolhiam os aparelhos no dia seguinte e os ocultavam em suas roupas íntimas
* O esquema de aluguel dos aparelhos tinha valores que variavam de R$ 50 a R$ 1 mil, dependendo do tempo de uso

O setor “MelhorArte” era crucial para a operação do esquema, pois 12 detentos tinham permissão para circular em áreas externas às celas, incluindo espaços ao ar livre do presídio. Esta liberdade de movimento, segundo os policiais penais, facilitava a operação do esquema ilegal.

Em um contexto mais amplo da situação prisional na região, o diretor do Sindicato dos Policiais Penais, Magno Soares, alertou sobre o retorno da “Ciranda da Morte” no Presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves. Soares destacou que “a situação é calamitosa, um barril de pólvora prestes a explodir”, mencionando 19 mortes registradas apenas este ano, sendo 16 resultantes de violência extrema.

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