Netanyahu busca apoio de Trump para realocação de palestinos

Netanyahu busca apoio de Trump para realocação de palestinos

Primeiro-ministro israelense e presidente americano discutem cessar-fogo em Gaza e indicam planos para realocar palestinos, em meio a divergências sobre Irã

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e o presidente americano Donald Trump se reuniram na Casa Branca para discutir questões cruciais do Oriente Médio, incluindo um possível acordo de cessar-fogo em Gaza, relações com o Irã e normalização das relações entre Israel e países árabes.

Durante o encontro, Netanyahu surpreendeu ao revelar que havia indicado Trump para o Prêmio Nobel da Paz, entregando uma cópia da carta de indicação durante um jantar em Washington. “Eu não sabia disso. Nossa, muito obrigado”, respondeu Trump, visivelmente lisonjeado.

Negociações em Andamento

* Negociações indiretas entre Israel e Hamas ocorrem em Doha, Catar, com mediação catari e egípcia
* A proposta de cessar-fogo inclui duração de 60 dias e troca de reféns: dez israelenses vivos e restos mortais de 18 seriam trocados por prisioneiros palestinos
* As forças israelenses recuariam para uma zona-tampão nas fronteiras de Gaza
* Negociações para o fim da guerra começariam no primeiro dia do cessar-fogo

Divergências sobre Palestinos e Irã

* Netanyahu expressou resistência a um Estado palestino, afirmando que os palestinos devem ter autonomia administrativa, mas não soberania
* O primeiro-ministro israelense revelou estar próximo de encontrar países dispostos a receber palestinos que desejem deixar Gaza
* Trump e Netanyahu divergem sobre a abordagem com o Irã: enquanto Trump busca negociações diretas, Netanyahu prefere manter pressão militar
* O premiê israelense comparou a situação do Irã a um tumor que precisa ser monitorado constantemente

As negociações com o Irã foram suspensas em 13 de junho após uma ofensiva militar israelense, seguida por bombardeios americanos às instalações nucleares iranianas em Fordo, Natanz e Isfahan em 22 de junho.

A coalizão governamental de Netanyahu, que inclui parceiros de extrema direita, mantém-se firmemente contra a soberania palestina. Analistas como Barbara Slavin, do Stimson Center, duvidam de mudanças significativas na posição do primeiro-ministro israelense: “Netanyahu conseguiu impedir a criação de uma entidade palestina autônoma durante toda a sua vida política e duvido que ele mude agora”.

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