Marcilio Alves: ‘Mais leveza, por favor: o papel das marcas em um mundo sobrecarregado’

Marcilio Alves: ‘Mais leveza, por favor: o papel das marcas em um mundo sobrecarregado’

Como as marcas podem aliviar a pressão do dia a dia e conquistar com empatia

Vivemos num tempo curioso. As tecnologias avançam com uma velocidade que mal conseguimos acompanhar, enquanto a nossa agenda, os boletos e as notificações não dão trégua. No meio dessa correria, surge uma pergunta que pode parecer simples, mas é profundamente estratégica: como trazer mais leveza para o que oferecemos ao mundo?

Marcas que querem durar, e não apenas faturar, precisam ser como bons anfitriões: acolhedoras, empáticas e generosas. Leveza não é sinônimo de superficialidade. Ao contrário, ela exige consciência. Quando uma marca escolhe ser leve, ela escolhe aliviar a vida do outro. E isso tem muito valor em tempos pesados.

Leveza está nos detalhes. Está no atendimento que escuta, no produto que surpreende, no processo interno que respeita o tempo e a saúde emocional de quem faz a roda girar. Está na comunicação que sabe rir de si mesma e que entende que o humor pode ser uma ferramenta poderosa de conexão. Está no ambiente de trabalho onde as pessoas sentem prazer em criar e não apenas em cumprir prazos.

Também acredito que as marcas, mais do que nunca, têm o poder (e a responsabilidade) de aliviar a carga que a sociedade carrega. A gente se cobra demais. É meta, é produtividade, é perfeição o tempo todo. Marcas inteligentes oferecem alívio: um café com afeto, uma solução que simplifica, um conteúdo que inspira sem julgar, uma pausa necessária no meio do caos.

E aí entra a tecnologia. Sim, ela pode parecer fria, distante e até ameaçadora. Mas tudo depende da forma como a utilizamos. Quando bem usada, a tecnologia pode ajudar a humanizar processos, aproximar pessoas, democratizar acessos e criar experiências encantadoras. O segredo está em combinar o digital com o sensível. Porque no fim do dia, ainda somos todos humanos tentando se entender, se cuidar, se conectar.

Essa consciência está cada vez mais presente nos estudos e tendências. Em um dos últimos relatórios da consultoria WGSN, “Consumidor do futuro 2027 – Emoções”, Nik Dinning, Diretor de marketing, destaca: ”com a pandemia e a crise que se seguiu, as emoções ganharam protagonismo nas decisões de consumo. As nossas escolhas de compra, os itens que adquirimos e as marcas que preferimos estão agora profundamente ligados ao que sentimos. Para as marcas, entender esses impulsos emocionais é fundamental. O sucesso futuro delas dependerá da resposta dos consumidores à história da marca, aos produtos e às experiências oferecidas.”

Otimismo, hoje, é quase um ato de resistência. Acreditar num futuro melhor não é negar os desafios, é escolher agir com propósito, construir com empatia e inovar com sentido. E quando uma marca assume esse papel, ela deixa de ser apenas um negócio. Ela vira parte da vida das pessoas.

Então, que tal começar hoje?

Um pouco mais de leveza, uma pitada de humor, um olhar mais gentil para quem está ao nosso lado, seja cliente, colaborador ou fornecedor. Pode parecer pouco, mas é exatamente assim que se constrói um futuro mais promissor: um gesto de cada vez.

Vamos refletir?

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Marcilio Alves
Consultor de marketing e comunicação com mais de 20 anos de experiência em gerenciamento de marcas, com atuação em negócios locais e no exterior. No Brasil, está à frente da NDG, agência de Branding que há mais de 15 anos impulsiona negócios e projetos, conectando marcas e pessoas, gerando resultados em diversos segmentos, com clientes no Brasil, Portugal, Angola e Estados Unidos.

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