A última pesquisa Genial/Quaest mostra uma melhora significativa nos índices de aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após o recente embate com o ex-presidente americano Donald Trump sobre a tarifação de produtos brasileiros. A desaprovação do presidente recuou de 57% para 53%, enquanto a aprovação subiu de 40% para 43%.
O confronto com Trump, que anunciou uma taxação de 50% sobre produtos brasileiros, aparentemente fortaleceu a imagem de Lula especialmente fora de suas bases tradicionais de apoio. A decisão de Trump foi parcialmente justificada pela suposta perseguição do STF ao ex-presidente Jair Bolsonaro e às big techs americanas, provocando uma forte reação de Lula em defesa da soberania nacional.
* Na região Sudeste, a mais populosa do país, a reprovação de Lula caiu de 64% para 56%, enquanto a aprovação aumentou de 32% para 40%
* Entre brasileiros que ganham de dois a cinco salários mínimos, a rejeição diminuiu de 58% para 52%, com o apoio subindo de 39% para 43%
* No grupo com Ensino Superior completo, houve queda na reprovação de 64% para 53%, e aumento na aprovação de 33% para 45%
* Entre não beneficiários do Bolsa Família, a desaprovação recuou de 61% para 55%, e a aprovação cresceu de 37% para 41%
* Entre os católicos, a aprovação superou a desaprovação (51% a 45%)
* No público feminino, houve redução na desaprovação de 54% para 49%, e aumento na aprovação de 42% para 46%
* Na faixa etária de 35 a 59 anos, a reprovação caiu de 59% para 52%, enquanto a aprovação subiu de 38% para 44%
O cientista político e CEO da Quaest, Felipe Nunes, analisa que “São os segmentos mais informados da população, que se percebem mais prejudicados pelas tarifas de Trump, e que consideram que Lula está agindo de forma correta até aqui, por isso passam a apoiar o governo”.
A pesquisa, realizada entre os dias 10 e 14 de julho, entrevistou 2.004 pessoas com 16 anos ou mais, apresentando margem de erro de dois pontos percentuais e nível de confiança de 95%. A avaliação geral do governo federal também mostrou melhora, com 40% avaliando negativamente (queda em relação aos meses anteriores) e 28% positivamente, o melhor resultado desde dezembro.