Novos ataques israelenses resultaram na morte de pelo menos 94 palestinos em Gaza desde a meia-noite de hoje, segundo informações do Ministério da Saúde local. Este número se soma às 139 mortes registradas até o meio-dia de ontem, evidenciando uma intensificação das operações militares na região.
Entre as vítimas fatais está Marwan Sultan, diretor do Hospital Indonésio. Sua filha, Lubna al-Sultan, relatou que “um míssil de um F-16 atingiu exatamente o quarto dele, bem onde ele estava, diretamente sobre ele”. Em resposta, as forças armadas israelenses emitiram nota afirmando que lamentam “qualquer dano a pessoas não envolvidas” e asseguraram que “atua para minimizar esse dano o máximo possível.”
Durante uma sessão do Conselho de Direitos Humanos na ONU em Genebra, a relatora especial para os territórios palestinos ocupados, Francesca Albanese, fez uma grave acusação contra Israel, declarando que o país é “responsável por um dos genocídios mais cruéis da história moderna”. Israel, que já havia rejeitado acusações similares anteriormente, mantém sua posição de que as ações militares são exercício do direito à autodefesa após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023.
Em um desenvolvimento paralelo, ministros israelenses do Likud, partido do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, assinaram uma moção que busca a anexação da Cisjordânia. O território palestino em questão abriga aproximadamente 3,2 milhões de palestinos e cerca de 700 mil colonos israelenses, que residem em assentamentos considerados ilegais pela ONU.