O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que planeja um encontro com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), ainda nesta semana para discutir a crise desencadeada pelo aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Em meio às tensões, o ministro enfatizou a importância de manter uma relação construtiva com o Legislativo.
Em entrevista ao portal Metrópoles, Haddad respondeu enfaticamente às críticas sobre a suposta tentativa do governo de criar uma narrativa de polarização. “Não é razoável que 1% da população faça esse inferno na internet, dizendo que nós estamos colocando “nós contra eles”. “Nós” quem? 99% contra 1%? Como assim? E contra por quê? Se eles não pagam nem o que nós pagamos. Se eles pagassem pelo menos o que nós pagamos, os 99%, tava de boa. Mas esse 1% não quer pagar nem o que os 99% pagam. Então a pergunta é: é “nós contra eles” ou “eles contra nós”?”, argumentou o ministro.
Sobre possíveis medidas compensatórias após a derrubada do IOF, Haddad manteve uma postura cautelosa, indicando que aguardará o posicionamento do Supremo Tribunal Federal antes de tomar qualquer decisão. O ministro também abordou questões econômicas mais amplas, projetando que a inflação deverá superar o teto da meta de 4,5% este ano, mas expressou otimismo quanto ao retorno do IPCA aos limites estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional em 2025.