Em um trágico incidente em Goiânia, três familiares foram indiciados pela morte de uma criança de 10 meses após um ataque de pit bull. A Polícia Civil concluiu que a mãe da criança e os tutores do cachorro (sogra e sogro) foram negligentes ao manter a convivência com o animal mesmo após demonstrações prévias de agressividade.
O caso ocorreu no dia 27 de maio, no Jardim América, e resultou na morte da criança na Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Segundo a investigação conduzida pelo delegado Alex Rodrigues, os indiciados assumiram o risco ao ignorar sinais claros do comportamento agressivo do animal.
* O ataque aconteceu quando a criança estava no colo da mãe, que abria o portão da casa para a sogra. Neste momento, o pit bull avançou sobre o bebê.
* As duas mulheres tentaram sem sucesso retirar o cachorro de cima da criança, sendo necessário chamar o sogro, que estava no trabalho, para conseguir libertar o bebê das mandíbulas do animal.
* A Polícia Militar precisou conter o pit bull com três disparos, resultando na morte do animal no local. Os bombeiros socorreram a criança e outras duas pessoas que também foram atacadas.
De acordo com o delegado Alex Rodrigues, os indiciados relataram que não imaginavam que o cachorro pudesse atacar membros da família, já que foi adotado em 2023 com apenas um mês de vida e estava “acostumado” com todos. No entanto, o animal já havia demonstrado comportamento agressivo anteriormente, inclusive atacando a proprietária do imóvel onde a família residia.
“Ele já tinha atacado a proprietária do imóvel onde a família residia, que fez alertas sobre a agressividade do cão e que ele poderia até mesmo escapar e acabar atacando uma criança”, destacou o delegado.
O major Favaro, do Corpo de Bombeiros, relatou que “a criança ainda estava viva quando nossa equipe de primeira resposta chegou, já muito grave. Conseguimos levar ela com vida para a UPA. Só que a informação que chegou pra mim já chegou parada. Lá a equipe médica tentou reanimá-la, mas sem sucesso”.