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A C&M Software, empresa responsável por serviços de mensageria que conectam instituições financeiras ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), anunciou nesta quinta-feira (3) a retomada de suas operações relacionadas ao Pix. A autorização foi concedida pelo Banco Central após um ataque hacker que havia comprometido a infraestrutura da companhia, resultando em prejuízos significativos para diversas instituições financeiras.
De acordo com comunicado emitido pelo diretor da empresa, Kamal Zogheib, o restabelecimento das operações ocorre “sob regime de produção controlada”, implementando medidas de segurança reforçadas e contando com supervisão técnica do Banco Central.
“A CMSW informa que, após atuação conjunta com o Banco Central do Brasil, obteve autorização para restabelecer as operações do Pix, sob regime de produção controlada”, declarou Zogheib no comunicado oficial.
O incidente de segurança, ocorrido na última terça-feira (1), envolveu o uso indevido de credenciais de clientes por parte dos criminosos, que conseguiram realizar operações fraudulentas no sistema. Embora os valores ainda não tenham sido oficialmente confirmados pelas autoridades, estimativas extraoficiais sugerem que os prejuízos podem alcançar a marca de R$ 1 bilhão.
Para investigar o caso, a Polícia Federal instaurou um inquérito específico, contando também com a participação da Polícia Civil de São Paulo nas investigações. A C&M Software afirmou estar cooperando plenamente com as autoridades, mantendo seu compromisso com a transparência, enquanto respeita o sigilo necessário às investigações.
A C&M Software desempenha um papel crucial no sistema financeiro brasileiro, sendo responsável pela integração de instituições financeiras ao Sistema de Pagamentos Brasileiro, incluindo o Pix, que desde sua criação pelo Banco Central em 2020 se tornou um dos principais meios de pagamento e transferência no país.
