O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) anunciou que não retornará ao Brasil para reassumir seu mandato parlamentar, optando por permanecer nos Estados Unidos. Em entrevista à Coluna do Estadão, do jornal O Estado de S.Paulo, o parlamentar justificou sua decisão afirmando que o trabalho que realiza em território americano é mais relevante que suas atividades no Brasil.
Com sua licença parlamentar chegando ao fim na próxima segunda-feira (21), Eduardo Bolsonaro apresentou diversas justificativas para sua decisão de não retornar ao país:
* Em declarações à Coluna do Estadão, afirmou: “O trabalho que estou fazendo aqui é mais importante do que o trabalho que eu poderia fazer no Brasil”, demonstrando sua preferência pela atuação internacional.
* O parlamentar expressou preocupação com possível prisão em caso de retorno, declarando: “Por ora eu não volto. A minha data para voltar é quando Alexandre de Moraes não tiver mais força para me prender… Eu tô me sacrificando para levar adiante a esperança de liberdade.”
* Sem apresentar evidências concretas, alegou estar sendo ameaçado e que o ministro Alexandre de Moraes pretende “colocar uma coleira nele”, utilizando isso como justificativa para sua permanência nos EUA.
Em relação ao seu mandato, Eduardo Bolsonaro demonstrou desapego ao cargo, afirmando: “Não preciso mais de um diploma de deputado”. O parlamentar explicou que sua atual articulação política com a extrema direita nos Estados Unidos prescinde do título de deputado federal para manter contatos internacionais.
O deputado também fez comparações com outros casos políticos, mencionando: “Eu não vou cometer o erro, por exemplo, que o Anderson Torres cometeu, de retornar ao Brasil achando que teria um julgamento decente e minimamente constitucional.”
Em suas declarações finais, Eduardo Bolsonaro desafiou o ministro Alexandre de Moraes a condená-lo à revelia e enviar um pedido de extradição aos Estados Unidos, reafirmando sua decisão de não retornar ao Brasil no atual contexto político.