A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi detida nesta terça-feira (29 de julho) na Itália, após sua inclusão na lista vermelha da Interpol, tornando-a procurada em 196 países. A ordem de prisão foi expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em resposta a uma solicitação da Procuradoria-Geral da República (PGR).
A PGR fez o pedido após a parlamentar anunciar sua saída do Brasil. Na decisão, o ministro Moraes destacou que houve uma “inequívoca” intenção “de se furtar à aplicação da lei penal”.
* A decisão do ministro Alexandre de Moraes enfatizou que a viagem à Europa tinha clara intenção de evitar consequências legais, especialmente considerando a proximidade do julgamento dos embargos de declaração contra o acórdão condenatório.
* A prisão agora precisa passar pela análise do plenário da Câmara dos Deputados, que tem o poder de manter ou reverter a decisão.
* Em maio, Carla Zambelli foi condenada pela Primeira Turma do STF por invasão a dispositivo informático e falsidade ideológica, relacionados à suspeita de invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
* No mesmo processo, o hacker Walter Delgatti recebeu sentença de oito anos e três meses de prisão. Ambos foram acusados de inserir documentos falsos no sistema do CNJ, incluindo um mandado de prisão fictício contra Moraes e uma ordem falsa de quebra de sigilo bancário do ministro.
A deputada também responde a outra ação penal por suspeita de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal. O julgamento deste caso, iniciado em março, já conta com maioria para condená-la a cinco anos e três meses de prisão, além da cassação do mandato. A conclusão foi temporariamente suspensa por um pedido de vista do ministro Nunes Marques.