A defesa do jogador Dudu manifestou forte crítica ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) após a falta de resposta ao pedido de efeito suspensivo que permitiria sua participação no jogo do Atlético contra o Palmeiras neste domingo (20).
O atleta foi punido na última sexta-feira (18) pela 5ª Comissão Disciplinar do STJD por suposta misoginia contra Leila Pereira, presidente do Palmeiras, recebendo suspensão de seis jogos em competições oficiais da CBF e multa de R$ 90 mil.
A equipe jurídica do jogador emitiu uma nota contundente criticando diversos aspectos do processo, destacando principalmente:
* A demora sem precedentes na análise do pedido de efeito suspensivo, apresentado há mais de 48 horas sem qualquer manifestação do tribunal
* O questionamento sobre a imparcialidade do julgamento, evidenciado por uma foto publicada mostrando uma auditora do STJD ao lado das advogadas da presidente do Palmeiras
* A argumentação de que o caso não deveria ser julgado pelo STJD, já que os eventos ocorreram fora de campo e entre pessoas físicas, ressaltando que “a ação ajuizada pela Leila foi pelo CPF dela e não CNPJ do clube”
A defesa manifestou em nota oficial: “É mais do que uma omissão: é sintoma claro de interferência e ausência de isenção. O que agrava ainda mais a situação é a foto publicada no dia do julgamento, em que aparece a auditora do STJD que integrou o colegiado, ao lado das advogadas da presidente do Palmeiras”.
A punição baseou-se no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que trata sobre atos discriminatórios. Como resultado da falta de resposta ao pedido de efeito suspensivo, Dudu não pôde participar da partida contra o Palmeiras neste domingo.
A defesa concluiu sua manifestação afirmando: “Com isso Dudu não irá jogar. Jogo de Cartas Marcadas. Essa imagem é mais do que uma foto. É a afronta ao devido processo legal, à defesa e à integridade do futebol brasileiro. Causa indignação!”