O senador Cleitinho Azevedo (Republicanos) intensificou sua campanha pelo impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), fazendo seu terceiro pronunciamento sobre o tema em menos de uma semana. Em manifestação realizada no domingo (20/7), o parlamentar declarou que o pedido de afastamento do ministro representa a vontade do povo brasileiro.
Por meio de vídeo divulgado em suas redes sociais, Cleitinho questionou o posicionamento de seus colegas senadores após a recente operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O parlamentar enfatizou a necessidade de uma postura mais assertiva do Senado frente à situação.
“Em outubro, a gente conseguiu 36 assinaturas para o pedido de impeachment do Moraes pelo requerimento. A gente precisava de mais cinco assinaturas para chegar em 41 e ser a maioria pra gente protocolar. Na época, o presidente era o Rodrigo Pacheco e, infelizmente, não conseguimos mais assinaturas”, relatou o senador em seu pronunciamento.
Em seu discurso, Cleitinho também criticou o que considera ser um tratamento diferenciado nas investigações. “Eu faço uma pergunta para você que está vendo esse vídeo: até agora os bandidos que roubaram os aposentados do INSS tiveram alguma busca e apreensão? Eles estão usando tornozeleira? O irmão do Lula teve busca e apreensão na casa dele? O que eles estão fazendo com o Bolsonaro é a maior covardia, a maior injustiça que existe”, questionou.
O senador apresentou duas possíveis soluções para a situação: a concretização do processo de impeachment contra Moraes ou a mudança do cenário político através das eleições de 2026, quando novos senadores serão escolhidos. Vale ressaltar que esta manifestação ocorreu após o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) ao STF pela condenação do ex-presidente Bolsonaro e seus aliados.
Cleitinho Azevedo concluiu seu pronunciamento fazendo um apelo para que todos os senadores assinem o documento de impeachment, reforçando sua posição de que medidas precisam ser tomadas pelo Senado Federal em relação ao ministro Alexandre de Moraes.