O bloco econômico Brics enfrenta novas tensões comerciais após ameaças do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas adicionais aos países membros. Em resposta, a China, principal economia do grupo, declarou nesta segunda-feira (7) que o bloco não busca confronto e defende a cooperação internacional.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, enfatizou a posição do país: “A respeito da imposição de tarifas, a China tem declarado repetidamente sua posição de que as guerras comerciais e tarifárias não têm vencedores e que o protecionismo não é o caminho a seguir”.
A tensão escalou após Trump anunciar que enviará cartas a 15 países, alertando sobre possíveis tarifas elevadas caso não haja novas negociações. Em sua rede social Truth Social, o ex-presidente americano ameaçou especificamente impor uma tarifa adicional de 10% aos países alinhados ao Brics, classificando o grupo como “antiamericano” devido às críticas à política comercial dos Estados Unidos durante uma reunião de cúpula no Rio de Janeiro.
O Brics, que inicialmente era composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, expandiu-se recentemente para 11 países. O bloco representa atualmente quase metade da população mundial e aproximadamente 40% do PIB global. A China reforça que o grupo serve como “uma plataforma importante para a cooperação entre mercados emergentes e países em desenvolvimento”, conforme declarado pela porta-voz do Ministério das Relações Exteriores.