O Brasil elevou o tom das críticas na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a imposição de tarifas arbitrárias no comércio internacional, alertando sobre os riscos de instabilidade econômica global e possível estagnação mundial.
Durante reunião na OMC, o secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty fez um pronunciamento contundente sobre a atual situação do comércio internacional. “Tarifas arbitrárias, anunciadas e implementadas de forma caótica, estão desestruturando as cadeias globais de valor e correm o risco de lançar a economia mundial em uma espiral de preços altos e estagnação”, declarou o representante brasileiro.
A situação é especialmente preocupante devido à atual paralisia do mecanismo de disputas da OMC, resultado do bloqueio imposto pelos Estados Unidos. O enfraquecimento da organização, iniciado durante o governo Trump e mantido pela administração Biden, compromete seriamente a capacidade do organismo de fazer valer suas decisões.
O representante brasileiro defendeu uma reforma estrutural da OMC, visando restaurar seu papel como fórum legítimo para solução de controvérsias e defesa das economias em desenvolvimento. Em tom assertivo, afirmou que o Brasil recorrerá “a todos os meios legais disponíveis para defender nossa economia e nosso povo”, caso as negociações não avancem.