O julgamento do bombeiro militar da reserva Naire Assis Ribeiro chegou ao fim na madrugada desta terça-feira (15 de julho), resultando em uma condenação de 17 anos de prisão pelo assassinato do policial penal Wallysson Alves dos Santos Guedes. O crime ocorreu em um estabelecimento no bairro Santa Tereza, região Leste de Belo Horizonte.
Segundo a denúncia, o crime foi caracterizado como homicídio duplamente qualificado, com motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima. Embora também houvesse a acusação de discriminação racial, o réu foi absolvido deste crime específico.
Cronologia dos eventos:
* O incidente ocorreu em 26 de fevereiro de 2024, no Bar “Lá Casa de Papon”, onde Naire Assis Ribeiro e Wallysson, que não se conheciam, estavam consumindo bebidas alcoólicas quando iniciaram um desentendimento.
* Durante a discussão, Wallysson se identificou como policial penal, mas Naire, após se identificar como bombeiro militar, questionou a veracidade da identificação e chegou a acionar a Polícia Militar três vezes solicitando uma viatura para verificação.
* Insatisfeito com a demora no atendimento, Naire deixou o local em sua motocicleta, dirigiu-se até sua residência e retornou ao estabelecimento portando uma arma de fogo.
* Ao retornar ao bar e avistar Wallysson, Naire efetuou cinco disparos, atingindo o tórax e os braços da vítima. Em seguida, voltou para casa e trocou a motocicleta por seu carro.
O juiz Vitor Marcos de Almeida Silva, além de estabelecer a pena de 17 anos em regime fechado, manteve a prisão preventiva do réu e determinou a expedição da guia de execução provisória da pena. A defesa ainda pode recorrer da decisão.
Wallysson recebeu socorro de uma viatura policial, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu ao chegar ao hospital. Naire foi detido quando tentava deixar sua residência, alegando que pretendia se entregar no batalhão do Corpo de Bombeiros.