ALMG avança com projeto que obriga bares e restaurantes a oferecer cardápios impressos

ALMG avança com projeto que obriga bares e restaurantes a oferecer cardápios impressos

PL 385/23 recebe parecer favorável na CCJ e segue para próximas etapas; proposta visa garantir acesso a clientes, especialmente idosos, que têm dificuldade com cardápios digitais

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) avançou com uma importante mudança para estabelecimentos comerciais do setor alimentício. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou nesta terça-feira (8 de julho) o Projeto de Lei que torna obrigatória a disponibilização de cardápios impressos em bares, restaurantes e estabelecimentos similares.

O projeto, de autoria do deputado estadual Delegado Christiano Xavier (PSD), surge como resposta à digitalização massiva dos cardápios durante a pandemia de Covid-19, quando os QR Codes se tornaram a principal forma de acesso aos menus.

Pontos principais do projeto:

* O texto determina que bares, restaurantes, padarias, lanchonetes e casas noturnas devem oferecer obrigatoriamente um cardápio em formato físico aos clientes

* Os estabelecimentos deverão fixar cartazes em locais visíveis informando sobre a disponibilidade do cardápio impresso

* O não cumprimento da lei será considerado infração às normas do Código de Defesa do Consumidor, podendo resultar em sanções administrativas

O autor do projeto justifica a medida argumentando que “faz-se necessário que os estabelecimentos disponibilizem também a opção do cardápio impresso aos clientes, a fim de democratizar o acesso aos cardápios”. A proposta considera especialmente grupos como idosos, que podem ter dificuldade com o uso da tecnologia.

Em paralelo, tramita na Câmara Municipal de Belo Horizonte um projeto complementar. O PL 47/2025, do vereador Arruda (Republicanos), propõe que estabelecimentos que utilizam apenas cardápios em QR Code forneçam acesso gratuito à internet para os consumidores.

Dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) mostram que, no segundo semestre de 2022, 38% dos estabelecimentos associados utilizavam cardápios digitais, 25% estavam implementando a ferramenta, e 11% haviam abandonado a versão virtual após o fim das restrições pandêmicas.

O projeto ainda passará por outras comissões antes de seguir para votação no Plenário da Assembleia e possível sanção do governador Romeu Zema (Novo).

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