AGU anuncia ação no STF contra derrubada do IOF pelo Congresso

AGU anuncia ação no STF contra derrubada do IOF pelo Congresso

Ministro da AGU esclarece que pedido ao Supremo visa defender decreto do governo sobre IOF e não confrontar o Congresso Nacional

O ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, explicou nesta terça-feira (1) a estratégia jurídica adotada pela AGU em relação ao decreto que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A instituição optou por uma ação declaratória de constitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF), buscando evitar um confronto direto com o Congresso Nacional.

Segundo Messias, a abordagem escolhida visa defender as atribuições constitucionais do Executivo, sem necessariamente contestar diretamente o ato do Congresso. “A preocupação do presidente não é atacar um ato do Congresso. A preocupação do presidente não é, de forma direta, discutir com o Congresso. O que o presidente quer é que o Supremo aprecie uma atribuição que a Constituição o conferiu”, declarou durante coletiva de imprensa.

O ministro enfatizou que a ação da AGU difere da apresentada pelo PSOL, que questiona diretamente a constitucionalidade do decreto legislativo que derrubou o aumento do IOF. “A ação do Psol ataca o decreto que sustou o aumento do IOF, nossa ação é diferente. Nossa ação no STF se dá em favor do ato do governo que aumento IOF”, explicou Messias.

A ação deverá ser distribuída para o ministro Alexandre de Moraes, que já é relator de outras duas ações relacionadas ao tema: uma do PSOL contra a derrubada do decreto governamental e outra do PL contra o aumento do IOF.

Para justificar a iniciativa, Messias argumentou que a questão é “eminentemente jurídica” e que, ao identificar uma possível violação às atribuições do Executivo na elevação do IOF, a AGU tinha obrigação de agir. “Inércia não é uma opção”, ressaltou o ministro.

Vale lembrar que na semana anterior, o Congresso Nacional decidiu pela derrubada do decreto do governo federal sobre o IOF. A votação na Câmara resultou em 383 votos favoráveis e 98 contrários à derrubada, enquanto no Senado a votação foi simbólica.

O ministro reforçou que, caso o Supremo reconheça a competência do Executivo para ajustar as alíquotas do IOF, a inconstitucionalidade do ato legislativo que suspendeu o decreto seria uma “consequência lógica”.

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