O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), reagiu aos resultados da nova pesquisa Genial/Quaest que o posiciona nas últimas colocações entre possíveis candidatos da oposição para 2026. Com apenas 3% das intenções de voto entre eleitores bolsonaristas, Zema defendeu a unificação da direita em torno de um único candidato através de um sistema similar às primárias americanas.
Durante sua participação no Fórum Esfera 2025, no Guarujá, Zema demonstrou tranquilidade diante dos números: “Estou acostumado em começar por último. Lá em Minas, eu comecei com 1%. Acho que já estou bem melhor dessa vez”.
* A pesquisa Quaest revelou Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Michelle Bolsonaro (PL) liderando o campo da direita, com 17% e 16% respectivamente
* Entre os governadores, Ratinho Júnior aparece com 11%, seguido por Ronaldo Caiado (5%) e Eduardo Leite (4%)
* Zema registrou 3%, ficando também atrás de Pablo Marçal (7%) e Eduardo Bolsonaro
* Em simulação de segundo turno, Lula venceria todos os cenários, com maior vantagem sobre Zema (42% a 33%)
O governador mineiro enfatizou a necessidade de união da direita: “O ideal seria que toda a direita se unisse em torno de um nome, um mecanismo semelhante ao que existe nos EUA, para que fosse só um nome”. No entanto, reconheceu que o cenário atual aponta para múltiplas candidaturas: “O cenário que eu visualizo nesse momento, lembrando que está muito longe, é que nós vamos ter dois, três, quatro candidatos pela direita”.
Durante o evento, Zema também abordou outras questões polêmicas, como sua defesa de um indulto ao ex-presidente Jair Bolsonaro, argumentando que o Brasil já concedeu anistia “para quem assassinou, sequestrou”. Em relação à recente polêmica sobre suas declarações à Folha de S.Paulo sobre a ditadura militar, o governador expandiu seu posicionamento afirmando que o país “já vive uma ditadura”, referindo-se ao crime organizado.