O governador Romeu Zema (Novo) reafirmou nesta terça-feira (10) o compromisso de Minas Gerais em alcançar 20% de abatimento da dívida com a União através do Programa de Pleno Pagamento da Dívida (Propag). A declaração contradiz o posicionamento do secretário de Fazenda, Luiz Cláudio Gomes, que havia sugerido a possibilidade de uma amortização de apenas 10% no dia anterior.
Durante reunião do Assembleia Fiscaliza na ALMG, o secretário Luiz Cláudio Gomes havia indicado que o governo poderia optar por uma amortização menor. Quando questionado sobre esta divergência, Zema minimizou o desencontro de informações, afirmando que houve má interpretação das palavras do secretário.
“De forma alguma, acho que o secretário foi mal interpretado, nós queremos 20%, com 20% nós vamos ter o maior benefício possível e o Estado tem ativos para tal, basta a União aceitar”, declarou o governador.
Para atingir a meta de amortização, o governo mineiro planeja disponibilizar diversos ativos:
* A Codemig, avaliada em R$ 32 bilhões
* A Cemig, com valor estimado em R$ 7,5 bilhões
* A Copasa, avaliada em R$ 4 bilhões
* A UEMG, com valor de R$ 500 milhões
* A Comprev, estimada em R$ 1 bilhão
* Aproximadamente 30 imóveis do estado
* A Empresa Mineira de Comunicação (EMC)
O montante total da dívida do estado pode alcançar R$ 180 bilhões até o final do ano. A estratégia do governo inclui oferecer ativos além do necessário, prevendo possíveis recusas por parte do governo federal.
As declarações foram feitas durante evento de entrega de novas viaturas para o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, que incluiu 43 caminhonetes, 5 ambulâncias, três motos e três caminhões, num investimento total de R$ 15,9 milhões.
“O Propag vai potencializar tudo isso, porque ele vai deixar de sangrar os cofres do Estado em alguns bilhões de reais por ano”, afirmou Zema, destacando que a aprovação do programa permitirá investimentos em infraestrutura, saúde e educação.