O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, fez um apelo urgente aos aliados nesta sexta-feira (6) após uma série devastadora de ataques russos que atingiu todo o território ucraniano. Durante a noite anterior, mais de 400 drones e 40 mísseis foram lançados contra diversas regiões do país, resultando em mortes e destruição significativa.
“A Rússia deve ser responsabilizada. Desde os primeiros minutos desta guerra, eles bombardearam cidades e vilarejos para destruir vidas”, declarou Zelensky. O presidente ucraniano enfatizou que “chegou a hora de os Estados Unidos, a Europa e o mundo pararem juntos esta guerra pressionando a Rússia”.
Os ataques causaram impactos significativos em várias regiões:
* Em Kiev, o bombardeio resultou em quatro mortes, com pelo menos 20 feridos, dos quais 16 foram hospitalizados, segundo o prefeito Vitali Klitschko. Diversos bairros foram atingidos e a infraestrutura ferroviária sofreu danos consideráveis.
* Na cidade de Lutsk, próxima à fronteira com a Polônia, um “ataque massivo de mísseis e drones” danificou parcialmente um edifício residencial, deixando cinco pessoas feridas.
* A região de Ternopil registrou a “maior ofensiva aérea até agora”, com múltiplos ataques que atingiram instalações industriais e infraestrutura, causando interrupções no fornecimento de energia elétrica.
* Em Tcherkassy, às margens do rio Dnieper, as forças ucranianas conseguiram abater três mísseis russos e destruir 22 drones, sem registrar vítimas.
Em resposta aos ataques ucranianos, Moscou reportou que sua capital foi alvo de 10 drones durante a noite, levando ao fechamento temporário de três aeroportos. A Rússia também acusou Kiev de provocar explosões que causaram o colapso de duas pontes e acidentes ferroviários nas regiões fronteiriças de Kursk e Briansk, resultando em sete mortes e mais de cem feridos.
Apesar dos apelos internacionais por um cessar-fogo, os combates continuam intensos. A Rússia mantém o controle de aproximadamente 20% do território ucraniano, incluindo a Crimeia. As negociações mediadas em Istambul não produziram avanços significativos, com Zelensky rejeitando as exigências russas, considerando-as “ultimatos inaceitáveis”.