Veja o que disse o médico legista e o que ainda falta esclarecer da autópsia de Juliana Marins

Veja o que disse o médico legista e o que ainda falta esclarecer da autópsia de Juliana Marins

Legista descarta hipotermia e aponta trauma contuso como causa da morte; família critica demora no resgate e exige justiça

A brasileira Juliana Marins, de 26 anos, morreu em até 20 minutos após sofrer um trauma grave durante uma queda no Monte Rinjani, na Indonésia. A conclusão foi divulgada nesta sexta-feira (27 de junho) pelo médico-legista Ida Bagus Putu Alit, do Hospital Bali Mandara, em Denpasar, onde a autópsia foi realizada.

Segundo o legista, a jovem teve fraturas múltiplas, lesões em órgãos internos e hemorragia intensa, causadas por um trauma contuso – compatível com uma queda. A morte foi “quase imediata”, descartando a hipótese de que Juliana teria sobrevivido por horas após o acidente.

Principais conclusões da autópsia

* Causa da morte: Trauma contuso (queda) com fraturas, danos a órgãos e sangramento interno.

* Tempo entre queda e morte: Cerca de 20 minutos.

* Hora estimada do óbito: Entre 1h e 13h da quarta-feira (25) (horário local), mas há divergência com a agência de resgate, que afirma ter encontrado o corpo já sem vida na terça (24).

* Hipotermia descartada: O sangramento intenso e a ausência de sinais de exposição prolongada ao frio afastam essa possibilidade.

* Parte mais afetada: Costas e tórax, com danos severos ao sistema respiratório.

Cronologia do acidente e resgate

* Sábado (21) – 4h (horário local): Juliana cai durante a descida do vulcão.

* Sábado – 7h: É filmada viva por um drone de montanhistas espanhóis, sentada em uma fenda de rocha.

* Segunda (23): Equipes a localizam imóvel a 400 metros de profundidade.

* Terça (24) – 22h: Família confirma a morte.

* Quarta (25): Corpo é resgatado e levado para autópsia.

Família acusa negligência e pede justiça

Em redes sociais, parentes de Juliana afirmaram que a demora no resgate foi determinante: “Se a equipe tivesse chegado em 7 horas, ela estaria viva”. Eles prometem buscar responsabilização pelas falhas.

O corpo deve ser repatriado com apoio do Itamaraty, após o presidente Lula autorizar o custeio. O Monte Rinjani, destino perigoso, já registrou 10 mortes desde 2020.

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