O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), gerou polêmica ao declarar que concederia indulto ao ex-presidente Jair Bolsonaro caso fosse eleito presidente da República. Em entrevista à “Folha de S. Paulo”, o governador também questionou a existência da ditadura militar no Brasil.
Durante a entrevista, Zema argumentou sobre a possibilidade de indulto fazendo uma comparação histórica controversa: “Não foi concedido indulto a assassinos e sequestradores durante o que eles chamam de “ditadura”?”, questionou o governador.
Para justificar sua posição, Romeu Zema enfatizou que “é preciso olhar para o futuro” e criticou a postura de confronto na política: “Quando você está fazendo política e só procurando atacar, diminuir seus adversários, acho que isso prejudica muito o andamento da gestão”.
Quando questionado especificamente sobre o período da ditadura militar (1964-1985), o governador mineiro evitou um posicionamento direto, alegando não ser historiador e não ter se aprofundado no assunto. “Acho que tudo é questão de interpretação”, afirmou.
“Eu prefiro não responder, porque acho que há interpretações distintas. E houve terroristas naquela época? Houve também. Então fica aí. Acho que os historiadores é que têm de debater isso. Eu preciso me preocupar, hoje, com Minas Gerais”, concluiu Zema na entrevista.