A Rússia elevou a tensão internacional ao alertar sobre o risco de uma guerra nuclear caso a Ucrânia e a OTAN tentem recuperar os territórios ucranianos atualmente sob ocupação russa. O aviso foi transmitido pela agência estatal Tass, destacando a crescente preocupação com a escalada do conflito.
Vladimir Medinsky, líder da delegação russa nas negociações diretas com a Ucrânia e assessor de Putin, enfatizou que uma simples trégua entre os países não é suficiente. Ele defendeu a necessidade de um acordo de “paz real” para evitar um possível conflito nuclear.
* A Rússia demanda o reconhecimento de aproximadamente 20% do território ucraniano como seu, incluindo Crimeia, Lugansk, Kherson, Donetsk e Zaporizhzhia
* Moscou exige a retirada completa e imediata das forças ucranianas das regiões que pretende anexar
* O Kremlin impõe a realização de novas eleições na Ucrânia em até 100 dias, numa tentativa de remover Volodymyr Zelensky do poder
A situação no terreno continua se desenvolvendo de forma intensa. A Ucrânia reportou ter interceptado 460 de 479 drones em um dos mais pesados ataques russos contra Kiev. Em contrapartida, a Rússia anunciou ter assumido o controle de novo território na região de Dnipropetrovsk.
Atualmente, as forças russas controlam cerca de 113 mil quilômetros quadrados do território ucraniano, aproximadamente um quinto do país. Em maio, a Rússia registrou seu avanço mais significativo dos últimos seis meses, conquistando cerca de 450 quilômetros quadrados adicionais.
Medinsky ressaltou que o objetivo de Moscou não é criar uma guerra nuclear, mas sim “parar, fazer uma paz completa e reconhecer os novos territórios”. No entanto, as tentativas de negociação de paz até o momento não têm apresentado resultados positivos, com Kiev rejeitando propostas anteriores similares do Kremlin.