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Uma onda de ataques de cães a rebanhos de ovelhas tem causado sérios prejuízos a produtores rurais no Rio Grande do Sul. Os incidentes, que chegam a dizimar rebanhos inteiros, têm levado alguns criadores a abandonar a atividade devido aos prejuízos acumulados.
O problema tem se espalhado por diversas regiões do estado, com casos registrados em São Gabriel, Canguçu, São Martinho da Serra e Cambará do Sul. Os prejuízos relatados pelos produtores variam de R$ 7,5 mil a R$ 500 mil. As informações são dom G1.
* Em São Gabriel, o produtor rural Alex Silveira perdeu uma ovelha, quatro cordeiros e seis galinhas em um ataque ocorrido em 23 de junho. Segundo seu relato nas redes sociais: “Uma ovelha, quatro cordeiros, seis galinhas: esse é o saldo de gente irresponsável que cria cachorros aos montes”.
* Na localidade de Rincão dos Marques, em Canguçu, um ataque resultou na morte de 15 ovinos, sendo sete prenhes. O proprietário registrou um prejuízo de R$ 7,5 mil.
* Em São Martinho da Serra, o presidente do Sindicato Rural, João Augusto Nascimento, relata prejuízo de R$ 500 mil em três anos. Somente em 2023, foram 33 animais mortos.
Os produtores apontam que os cães responsáveis pelos ataques são tanto de propriedades vizinhas quanto animais abandonados por caçadores. Muitos desses cães se reproduzem e formam grupos que circulam pela região.
A Polícia Civil, através da Delegacia de Repressão aos Crimes Rurais (Decrab), orienta que as vítimas registrem boletim de ocorrência. Os proprietários dos cães podem responder por até cinco crimes, incluindo omissão de cautela na guarda de animais e danos materiais.
A Secretaria de Agricultura do estado indica que as políticas públicas voltadas aos cães são responsabilidade dos municípios. A Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) se coloca à disposição para buscar soluções conjuntas, mas aguarda demandas formais dos gestores municipais.
