O Kremlin confirmou que o presidente russo Vladimir Putin não participará presencialmente da reunião de cúpula dos Brics, programada para acontecer no Rio de Janeiro em 2024. A decisão está diretamente relacionada ao mandado de prisão internacional emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) contra Putin.
O mandado de prisão, emitido em março de 2023, acusa Putin de crimes de guerra relacionados à deportação ilegal de crianças ucranianas durante o conflito entre Rússia e Ucrânia. Como o Brasil é signatário do Estatuto de Roma, que estabeleceu o TPI, o país seria obrigado a prender Putin caso ele entrasse em território nacional.
A ausência de Putin marca um momento significativo nas relações diplomáticas do grupo Brics, que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Esta será a primeira reunião presencial do bloco desde a expansão que incluiu novos membros como Arábia Saudita, Argentina, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã.
O Kremlin não especificou se Putin participará do encontro de forma remota, como já ocorreu em outras ocasiões internacionais desde a emissão do mandado de prisão. A situação reflete os desafios diplomáticos enfrentados pela Rússia no cenário internacional atual, especialmente após o início do conflito na Ucrânia.