Os professores da rede municipal de Belo Horizonte decidiram manter a greve durante Assembleia Geral realizada na Praça da Estação, no Centro da cidade. A decisão foi tomada após a categoria rejeitar a proposta de reajuste salarial apresentada pela prefeitura, considerada insuficiente pelos trabalhadores.
A paralisação, que faz parte da Campanha Salarial 2025 iniciada em janeiro, continua após a rejeição da proposta que incluía:
* Reajuste salarial de 2,49%, considerado pela categoria como inferior à inflação dos últimos 12 meses e abaixo do Piso Nacional do Magistério (6,27%)
* Aumento do vale-refeição para R$ 60 no mês subsequente à aprovação da lei
* Possibilidade de avanço de um nível na carreira por escolaridade, mediante critérios da Prefeitura
* Extensão do ticket alimentação para trabalhadores com jornada inferior a 40 horas semanais
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-Rede/BH) manifestou que “O ticket não é incorporado à aposentadoria e pode ser retirado a qualquer momento. O que estamos reivindicando é a valorização real da nossa carreira, com um índice de reajuste digno”.
Como parte do movimento grevista, os professores realizaram um protesto que impactou significativamente o trânsito na região central de BH. A manifestação, iniciada às 9h na Praça da Estação, provocou congestionamentos em importantes vias como as avenidas Afonso Pena e Amazonas.
Em resposta, a Prefeitura de Belo Horizonte informou que manteve 32 reuniões com o sindicato este ano e defendeu que “100% dos profissionais do magistério da Rede Municipal de Ensino de Belo Horizonte recebem salários acima do piso nacional”. Segundo o executivo municipal, o impacto anual do reajuste proposto, incluindo o aumento do vale-refeição e outras demandas, seria de R$ 493 milhões, sendo R$ 156 milhões destinados apenas à Educação.
Uma nova assembleia está programada para a próxima terça-feira (17/6), quando a categoria voltará a discutir os rumos do movimento grevista.