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Manoel Marins, pai de Juliana Marins, compartilhou uma carta aberta nas redes sociais expressando sua dor pela perda da filha, que faleceu após um acidente durante uma trilha no Parque Nacional do Monte Rinjani, na Indonésia. A jovem, que estava realizando uma viagem pela Ásia desde fevereiro, sofreu uma queda de um penhasco no sábado (21).
Na comovente mensagem, o pai relembrou o momento em que Juliana compartilhou com a família seu desejo de fazer um mochilão. “Quando lhe perguntei se queria que lhe dessemos algum dinheiro para ajudar na viagem, você nos disse: jamais. E assim você viajou com seus próprios recursos que ganhou como fruto do seu trabalho. E como você estava feliz realizando esse sonho. E como nós ficamos felizes com a sua felicidade. Você se foi fazendo o que mais gostava e isso conforta um pouco o nosso coração”, escreveu Manoel.
Em sua homenagem, o pai compartilhou memórias especiais da convivência com a filha, destacando sua personalidade vibrante e seu amor pela vida. “Fica a sua presença em nossa casa, no seu quarto, no seu lugar preferido no sofá da sala. Fica a sua presença marcante na vida de quem teve o privilégio de te conhecer e de conviver contigo. E, especialmente, no meu coração, no da sua mãe e no da sua irmã”, expressou.
Na noite anterior, Manoel já havia prestado uma homenagem mais íntima, publicando a letra da música “Pedaço de Mim”, de Chico Buarque, junto com uma foto de Juliana.
Natural do Rio de Janeiro e moradora de Niterói, Juliana era formada em publicidade e propaganda pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e atuava como dançarina de pole dance. Durante sua viagem pela Ásia, já havia visitado Filipinas, Vietnã e Tailândia antes de chegar à Indonésia.
O corpo da jovem foi localizado na terça-feira (24) e resgatado na quarta-feira, após enfrentar diversos desafios como difícil acesso à área, clima instável e equipamentos inadequados. Manoel conseguiu chegar à Indonésia somente na terça-feira, após um voo com atrasos devido a alterações de rota por conflitos no Oriente Médio, quando já havia recebido a confirmação do falecimento da filha.
A carta se encerra com uma mensagem de esperança: “E aqui ficaremos, na certeza de nos reencontrarmos um dia e fazer aquele voo de parapente que estávamos programando para o seu aniversário. Lá no céu, o bom Deus há de nos proporcionar isso. Daqueles que sempre te amaram: papi, mami e Mari.”
