Mark Rutte, secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), anunciou um plano ambicioso para fortalecer significativamente a defesa aérea e antimíssil da aliança. Durante visita programada a Londres nesta segunda-feira, 9, Rutte apresentará uma proposta de expansão de 400% na capacidade defensiva da organização.
A iniciativa surge em resposta às crescentes tensões geopolíticas e à necessidade de fortalecer a defesa coletiva da aliança, especialmente considerando as ameaças russas. O plano inclui metas específicas de investimento e modernização das capacidades militares dos países-membros.
* Durante sua visita a Londres, Rutte se reunirá com o primeiro-ministro britânico Keir Starmer para discutir estratégias de defesa e preparar o terreno para a próxima cúpula da Otan.
* O secretário-geral defenderá um “salto quântico” na defesa coletiva, propondo uma meta ambiciosa de gastos militares de 3,5% do PIB para cada país-membro.
* Além dos gastos militares diretos, Rutte propõe destinar 1,5% adicional do PIB para “despesas relacionadas à defesa”, incluindo infraestrutura como estradas, pontes, aeroportos e portos marítimos.
O Reino Unido, em particular, já demonstrou compromisso com o fortalecimento militar, estabelecendo metas de aumentar seus gastos com defesa para 2,5% do PIB até 2027 e 3% até 2034. Esta decisão foi fortemente influenciada pela invasão russa à Ucrânia em fevereiro de 2022.
Atualmente, 22 dos 32 países-membros da Otan já atingem ou superam a meta atual de 2% do PIB em gastos militares. A nova proposta será discutida durante a cúpula em Haia, programada para os dias 24 e 25 de junho, onde Rutte expressa confiança na aprovação das novas metas de investimento.