O obstetra Ricardo Pinto foi condenado a 6 anos e 8 meses de prisão em regime semiaberto por homicídio culposo, após a morte de uma paciente em decorrência de negligência médica no Rio Grande do Sul. O caso ocorreu durante um procedimento cirúrgico onde o médico deixou uma gaze no interior da cavidade abdominal da paciente.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, o incidente aconteceu durante uma cirurgia realizada em um hospital da região. A negligência do profissional resultou em graves complicações para a paciente, que veio a falecer posteriormente devido a uma infecção generalizada causada pela presença do material cirúrgico esquecido em seu corpo.
Durante o processo, ficou comprovado que o médico não seguiu os protocolos básicos de segurança cirúrgica, que incluem a contagem rigorosa de materiais utilizados durante o procedimento. A defesa do réu tentou argumentar que a responsabilidade era compartilhada com a equipe de enfermagem, mas o tribunal entendeu que, como cirurgião responsável, cabia a ele a supervisão final do procedimento.
A sentença também determinou que Ricardo Pinto está proibido de exercer a medicina por um período equivalente à pena de prisão. O caso gerou grande repercussão na comunidade médica local e reacendeu o debate sobre a importância dos protocolos de segurança em procedimentos cirúrgicos.
O juiz responsável pelo caso destacou em sua decisão a gravidade da negligência e suas consequências fatais, ressaltando que o erro poderia ter sido evitado com a adoção das medidas de segurança adequadas. A família da vítima, que acompanhou todo o processo, manifestou satisfação com a decisão judicial.