O inquérito policial sobre a morte da professora de pilates Larissa Rodrigues chegou à conclusão de que seu marido, o médico Luiz Antônio Garnica, foi o mentor do crime, enquanto sua mãe, Elizabete Arrabaça, atuou como executora. As investigações apontam que problemas financeiros motivaram o crime.
De acordo com o relatório de mais de 600 páginas, o crime foi meticulosamente planejado e executado. Os principais pontos da investigação revelam:
* Larissa foi encontrada morta em 22 de março no apartamento onde vivia com o marido na zona Sul de Ribeirão Preto (SP)
* O médico Luiz Garnica enviou mensagem à sua amante informando sobre a morte de Larissa às 10h25, antes mesmo da chegada do SAMU, que ocorreu às 10h34
* Segundo o promotor Marcus Túlio Nicolino, Garnica simulou emoção e realizou manobras de ressuscitação mesmo já sabendo do óbito de Larissa
* As investigações apontaram que Elizabete Arrabaça esteve no apartamento na noite anterior à morte, possivelmente ministrando remédio com veneno à vítima
O delegado Fernando Bravo, responsável pelo caso, destacou que Larissa já apresentava sintomas de mal-estar ao longo da semana anterior à sua morte. O marido, apesar de médico, teria impedido que ela procurasse atendimento médico.
O laudo toxicológico confirmou envenenamento por “chumbinho”, uma substância ilegal utilizada como raticida. Tanto Luiz quanto Elizabete foram indiciados por homicídio doloso qualificado por feminicídio e meio cruel.
Um aspecto importante da investigação é a morte da irmã de Garnica, Nathalia, ocorrida um mês antes. A exumação do corpo revelou que ela também foi envenenada com “chumbinho”, e Elizabete Arrabaça está sendo investigada por ambas as mortes.
As defesas de Luiz Garnica e Elizabete Arrabaça continuam negando o envolvimento no crime. Os dois suspeitos encontram-se presos desde 6 de maio, e o Ministério Público deve formalizar a denúncia à Justiça nos próximos dias.