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O presidente Lula participou hoje do Fórum de Economia Azul e Finanças em Mônaco, onde defendeu a ampliação de políticas de preservação dos oceanos por instituições financeiras internacionais. Durante sua participação no evento, que faz parte de sua agenda de visitas de Estado desde quarta-feira (4), o presidente brasileiro apresentou propostas concretas para o financiamento da preservação marítima.
Em seu discurso, Lula enfatizou que a questão dos oceanos é uma das prioridades durante a presidência brasileira do G20. “As instituições financeiras internacionais têm papel central a cumprir, insistimos na necessidade de contar com bancos multilaterais melhores, maiores e mais eficazes”, declarou o presidente.
Principais pontos abordados pelo presidente:
* Proposta de instrumentos financeiros inovadores, incluindo a troca de dívida por desenvolvimento e emissão de Direitos Especiais de Saque (DES), como mecanismos para mobilizar recursos para a preservação oceânica
* Destaque para a urgência em desburocratizar o acesso a fundos climáticos e a necessidade de implementar as metas da Organização Marítima Internacional, como zerar emissões de carbono na navegação até 2050
* Ênfase na importância econômica dos oceanos, que movimentam anualmente 2,6 trilhões de dólares, equivalente à quinta maior economia do mundo
O presidente também abordou iniciativas específicas do Brasil, como o programa Bolsa Verde, que oferece transferência de renda para famílias que contribuem com a preservação da vida marítima. Lula criticou a redução da assistência ao desenvolvimento por países ricos em 2024, enquanto as despesas militares aumentaram.
“Países em desenvolvimento dependem mais da economia azul do que as nações industrializadas”, afirmou Lula, destacando a importância de fortalecer a economia azul para a sustentabilidade global. O presidente também mencionou que a próxima Cúpula dos Brics, que acontecerá no Rio de Janeiro, terá como um dos focos a defesa do desenvolvimento sustentável.
Em suas considerações finais, Lula alertou sobre os impactos da elevação do nível do mar e eventos climáticos em cidades costeiras, que afetam principalmente as populações mais vulneráveis. “Tornar a economia azul mais forte, diversa e sustentável contribui para a sustentabilidade do mundo em desenvolvimento”, concluiu.
