A revista britânica The Economist publicou uma análise crítica sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apontando uma significativa perda de influência internacional e declínio em sua popularidade doméstica. O artigo destaca preocupações sobre o posicionamento diplomático do Brasil e suas relações com potências mundiais.
De acordo com a publicação, o Brasil tem adotado uma postura cada vez mais distante do Ocidente, enquanto busca fortalecer laços com nações como China, Rússia e Irã. A análise destaca vários pontos críticos na atual gestão:
* O Ministério das Relações Exteriores brasileiro demonstrou tom considerado “agressivo” durante o confronto entre Israel e Irã, especialmente quando “condenou veemente” ataques realizados pelos EUA a instalações nucleares iranianas.
* A participação do Brasil no BRICS, que inicialmente representava uma plataforma para exercer influência global, agora é vista como um indicativo de hostilidade ao Ocidente, segundo a revista.
* A ausência de esforços para estreitar relações com os Estados Unidos desde a posse de Donald Trump em 2025 é notável, com Lula preferindo aproximação com líderes como Xi Jinping da China e Vladimir Putin da Rússia.
No cenário doméstico, a publicação britânica aponta fatores que contribuem para a queda na popularidade do presidente:
* O crescimento da população evangélica no país, que tem demonstrado tendência mais conservadora.
* A persistente associação do Partido dos Trabalhadores (PT) com casos de corrupção na percepção pública.
* A falta de pragmatismo nas relações regionais, exemplificada pela ausência de diálogo com o presidente argentino Javier Milei por “diferenças ideológicas”.
A revista também aborda o cenário político futuro do Brasil, mencionando a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro e suas possíveis implicações para as eleições de 2026. Segundo a publicação, apesar da provável prisão de Bolsonaro por supostas tentativas de golpe após as eleições de 2022, caso a direita se una em torno de um sucessor escolhido por ele, há chances significativas de vitória nas próximas eleições presidenciais.