Durante evento em Mariana nesta quinta-feira (12), o presidente Lula (PT), voltou a “cortejar” o senador Rodrigo Pacheco (PSD), chamado por ele de ‘futuro governador de Minas’, durante uma fala em o presidente criticava o preço do gás de cozinha.
O presidente Lula também manifestou preocupação com o clima político na Câmara dos Deputados. A declaração ocorreu um dia após um intenso bate-boca entre o ministro da Fazenda Fernando Haddad e o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) durante uma audiência pública.
Sem citar nomes específicos, Lula destacou que “as pessoas estão aprendendo a viver de mentiras” e comentou sobre o ambiente político atual: “Estamos vivendo momento muito desagradável no mundo, há certa raiva no ar, há um certo desconforto entre a humanidade, muita intriga, ódio e xingamento. Mesmo na Câmara o clima é muito ruim”.
* A discussão mencionada por Lula ocorreu durante reunião conjunta das comissões de Finanças e Tributação e de Fiscalização Financeira e Controle, onde Haddad criticou deputados por apresentarem dados supostamente falsos sobre a situação fiscal do país
* Durante evento em Mariana (MG), Lula interveio para defender o prefeito Juliano Duarte (PSB) que estava sendo vaiado, pedindo respeito ao seu “convidado”
* O presidente fez críticas à antiga gestão da Vale e destacou a responsabilidade do governo federal na conclusão das reparações dos danos causados pelo rompimento da barragem
* Foi anunciada a construção de um hospital universitário em Mariana, em parceria com a Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop)
* O governo federal apresentou um Programa de Transferência de Renda que destinará R$ 3,7 bilhões em quatro anos para famílias afetadas pela tragédia
* Aproximadamente 15 mil famílias de agricultura familiar e 22 mil pescadores serão beneficiados com pagamentos mensais de 1,5 salário mínimo por três anos, e um salário mínimo no último ano
Sobre a Vale, Lula fez observações críticas quanto à demora nas reparações após a tragédia, mas elogiou a atual administração da empresa: “A nova diretoria sabe que a relação com o povo tem que ser respeitosa, civilizada, e com muito respeito”.
O evento contou com a presença de diversos ministros, como Rui Costa, Marina Silva e Alexandre Silveira, além de parlamentares mineiros.
Vale ressaltar que Mariana foi uma das cidades que não assinou o novo acordo de reparação pela tragédia de 2015, que prevê um total de R$170 bilhões. Apenas 26 dos 49 municípios contemplados aderiram aos novos termos homologados pelo STF. Mesmo sem aderir ao acordo, a cidade será beneficiada pelas ações coletivas de reparação, recebendo R$ 139 milhões nos próximos dois anos.