A discussão sobre a redução dos incentivos fiscais no Brasil ganhou um novo capítulo com a proposta de corte linear de benefícios tributários a empresas. Segundo análise da XP, essa medida poderia resultar em uma economia significativa de R$ 19,6 bilhões aos cofres públicos em 2026.
O conceito de linearidade tem se mostrado fundamental nas negociações entre governo e Congresso Nacional, sendo considerado pelos parlamentares como a “senha” para viabilizar a aprovação das medidas de redução das renúncias fiscais. A proposta prevê um corte uniforme de 10% nos benefícios tributários concedidos às empresas.
A estratégia de aplicar um corte linear visa minimizar resistências setoriais, já que afetaria todos os segmentos de forma proporcional, sem privilegiar ou prejudicar especificamente determinados setores da economia. Esta abordagem tem encontrado maior receptividade entre os congressistas, que veem nela uma forma mais equitativa de distribuir o impacto da medida.
Os números apresentados pela XP demonstram o potencial impacto positivo nas contas públicas, com a projeção de economia baseada na atual estrutura de benefícios fiscais vigente no país. A medida se alinha com os esforços do governo para aumentar a arrecadação e equilibrar as contas públicas.
A implementação desta proposta representa um passo importante na reforma do sistema de incentivos fiscais brasileiro, buscando maior eficiência na alocação de recursos públicos e contribuindo para o ajuste fiscal necessário ao país.