O Itamaraty manifestou preocupação com a detenção do ativista brasileiro Thiago Ávila, que estava a bordo do veleiro Madleen, interceptado pela marinha israelense durante missão humanitária à Faixa de Gaza. O incidente ocorreu quando a embarcação, parte da missão internacional Flotilha da Liberdade, transportava itens básicos de ajuda humanitária.
A interceptação resultou na detenção de 12 ativistas, incluindo Thiago Ávila, que viajava junto com a ativista sueca Greta Thunberg. Antes da missão, o brasileiro gravou um vídeo prevendo a possibilidade de detenção: “Se você está assistindo a este vídeo, significa que fui detido ou sequestrado por Israel ou outra força cúmplice no Mediterrâneo”.
Em nota oficial, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil reafirmou o princípio da liberdade de navegação em águas internacionais e exigiu a libertação imediata dos detidos. O governo brasileiro também solicitou a remoção das restrições à entrada de ajuda humanitária no território palestino, destacando as obrigações de Israel como potência ocupante.
Lara, esposa de Thiago Ávila, confirmou ter recebido mensagens sobre a interceptação do barco por militares israelenses. O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, justificou o bloqueio marítimo como medida para impedir o fornecimento de armas ao Hamas, afirmando que não permitirá a chegada do Madleen a Gaza.