O Banco Central divulgou nesta segunda-feira, 30, os resultados da pesquisa Firmus do segundo trimestre, que revela as expectativas das empresas não-financeiras sobre indicadores econômicos. De acordo com o levantamento, as medianas apontam para um IPCA de 5,50% em 2025, 4,50% em 2026 e 4,0% em 2027, mantendo os mesmos percentuais da pesquisa anterior.
A pesquisa também abordou diversos aspectos econômicos, incluindo projeções para o dólar, expectativas de crescimento setorial e perspectivas sobre custos e margens de resultados das empresas.
* Para o dólar, a estimativa mediana indica cotação de R$ 5,80 no fim dos próximos seis meses, com 58,8% das empresas esperando R$ 5,75 e 29,4% projetando R$ 6,00
* Em relação aos preços dos produtos, 43,3% das empresas esperam crescimento em linha com a inflação nos próximos 12 meses, enquanto 32,6% preveem alta discretamente acima
* Quanto aos custos de mão de obra, 60,4% dos respondentes projetam crescimento entre 4% e 6% para os próximos 12 meses, e 17,6% esperam alta acima de 6%
* Para os custos com insumos, 46,0% das empresas preveem aumento entre 4% e 6% nos próximos 12 meses, seguidos por 22,5% que esperam alta maior que 6%
A mediana para o crescimento do PIB brasileiro em 2023 manteve-se em 2,0%. O sentimento em relação à situação econômica apresentou melhora, com redução na proporção de empresas que consideram o cenário discretamente negativo (de 50,0% para 43,9%) e aumento nas que veem um panorama neutro ou discretamente positivo.
Quanto às margens de resultado, 42,8% das empresas esperam manutenção nos próximos 12 meses, enquanto 29,9% preveem margem discretamente acima da atual. Houve pequeno aumento na parcela que projeta margem fortemente abaixo, passando de 1,9% para 3,7%.