A Igreja de São José, em Barra Longa, região Central de Minas Gerais, permanece fechada há quase oito anos devido a danos estruturais causados pelas operações da Samarco após o rompimento da Barragem de Fundão em 2015. O templo histórico, fundado em 1741, está cercado por tapumes e com a estrutura comprometida, enquanto a comunidade católica local improvisa suas celebrações em um salão paroquial.
Segundo a Arquidiocese de Mariana, os danos foram provocados pelo intenso tráfego de veículos pesados da Samarco durante as operações pós-desastre. O Ministério Público de Minas Gerais confirma que a restauração é responsabilidade da mineradora, conforme estabelecido no acordo de repactuação de 2024.
A Igreja de São José foi construída entre 1748 e 1774, após doação de terras por uma viúva de coronel em 1741. O templo é tombado como patrimônio histórico municipal desde 2002, representando importante valor cultural para a comunidade.
A Samarco, em resposta, afirmou que “realiza ações e manutenções necessárias para preservação da estrutura para a restauração completa”, sem especificar quais medidas estão sendo implementadas.
A Prefeitura de Barra Longa, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo e do Conselho Municipal de Cultura, afirma estar realizando as cobranças necessárias tanto à Arquidiocese de Mariana quanto à Samarco para resolução da situação.
O caso evidencia mais um capítulo dos impactos duradouros do desastre de Mariana, que afetou 49 municípios, dos quais 26 já assinaram acordo de reparação.