O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (27) dados que mostram uma queda significativa na taxa de desemprego no Brasil. O índice recuou para 6,2% no trimestre encerrado em maio, representando o menor nível para o período desde 2012. A pesquisa também revelou recordes em diversos indicadores do mercado de trabalho.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE demonstrou uma redução expressiva em comparação com o trimestre anterior, quando a taxa estava em 6,8%, e com o mesmo período do ano passado, que registrava 7,1%.
Pontos principais da pesquisa:
* O contingente de desocupados chegou a 6,8 milhões de pessoas, uma redução de 955 mil pessoas (12,3%) em relação ao mesmo período do ano anterior
* O Brasil alcançou 103,9 milhões de pessoas ocupadas, apresentando crescimento de 1,2% em comparação ao trimestre anterior
* O número de trabalhadores com carteira assinada atingiu um recorde histórico de 39,8 milhões, com crescimento de 3,7% em relação ao mesmo trimestre do ano passado
* A taxa de informalidade ficou em 37,8%, representando 39,3 milhões de trabalhadores informais, uma queda em relação ao trimestre anterior (38,1%)
William Kratochwill, analista da pesquisa, destaca que os dados indicam uma economia aquecida e resistente a questões externas do mercado de trabalho. “O aumento da ocupação gera mais oportunidades, percebidas pelas pessoas que estavam desmotivadas”, afirma o analista.
O IBGE registrou também um número recorde de trabalhadores por conta própria, totalizando 26,1 milhões de pessoas, sendo que 26,9% destes possuem CNPJ. O número de desalentados caiu para 2,89 milhões, menor patamar desde 2016.
Entre as atividades econômicas, apenas o setor de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais apresentou crescimento significativo no número de ocupados, com alta de 3,7% em relação ao trimestre anterior.
O rendimento médio dos trabalhadores alcançou valor recorde de R$ 3.457, representando um aumento de 3,1% em comparação ao mesmo período do ano anterior. A massa salarial também atingiu seu maior patamar, chegando a R$ 354,6 bilhões.