O Brasil enfrenta uma realidade preocupante com aproximadamente 4,8 milhões de cães e gatos em situação de vulnerabilidade, segundo dados do Instituto Pet Brasil. Esses animais abandonados estão constantemente expostos a riscos como fome, doenças e acidentes, necessitando de ajuda urgente da população.
A médica-veterinária Tatiane Aranha, coordenadora do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera, apresenta orientações fundamentais para quem deseja auxiliar no resgate desses animais de forma segura e responsável:
* Observe o comportamento: “Animais abandonados podem estar assustados, famintos ou até agressivos por medo. É importante se aproximar com calma, evitar movimentos bruscos e falar em tom suave”, explica a veterinária. Oferecer água ou alimento pode ajudar a conquistar a confiança do animal.
* Verifique identificação: Antes de considerar um resgate, procure por coleira de identificação, plaquinhas ou microchip, que pode ser verificado em clínicas veterinárias. É possível que o animal esteja apenas perdido e seu tutor esteja procurando por ele.
* Busque atendimento veterinário: Após o resgate, é fundamental levar o animal a uma clínica veterinária para avaliação de parasitas, ferimentos ou doenças contagiosas, além de verificar seu estado nutricional.
* Procure abrigo temporário: Se não houver possibilidade de adoção imediata, busque apoio de redes de proteção animal, ONGs locais ou divulgue nas redes sociais de forma responsável para encontrar um lar temporário ou definitivo.
Em casos de abandono ou maus-tratos confirmados, é importante realizar denúncia, já que estas práticas são consideradas crime pela Lei Federal nº 9.605/98, com previsão de detenção e multa. As denúncias podem ser feitas em delegacias, Ministério Público ou órgãos ambientais.
O resgate de animais abandonados é um ato de compaixão que requer responsabilidade e cuidado. Com as orientações adequadas, é possível contribuir efetivamente para a transformação da vida desses pets e impactar positivamente toda a sociedade.