A indústria bélica global atingiu números impressionantes em 2023, com as 100 maiores empresas do setor movimentando US$ 632 bilhões (aproximadamente R$ 3,4 trilhões). Este valor representa um terço do PIB brasileiro e demonstra um crescimento de 4,2% em relação ao ano anterior, conforme dados do Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estolcomo (Sipri).
O cenário de crescimento do setor bélico superou significativamente o desempenho da economia mundial, que registrou 2,8% segundo o FMI, e da economia brasileira, com 2,9%. Este panorama evidencia como os negócios relacionados à indústria da guerra prosperam mesmo em cenários de instabilidade econômica global. As informações são do Correio.
* Os Estados Unidos mantêm sua posição dominante com 41 empresas no ranking, acumulando faturamento de US$ 316,7 bilhões em 2023.
* A Rússia e o Oriente Médio apresentaram crescimento mais acentuado, impulsionados pelos conflitos na Ucrânia e na Faixa de Gaza.
* O bombardeiro B-2 Spirit, custando US$ 2,1 bilhões por unidade, destacou-se em operações recentes, incluindo o uso das bombas GBU-57, com cada ogiva custando US$ 3,5 milhões.
* O Pentágono já prepara o B-21 Raider como substituto do B-2 Spirit, incorporando inteligência artificial e capacidade de operação autônoma.
* A China emerge como líder na produção de drones, fabricando 80% dos equipamentos mundiais e 77% das baterias elétricas utilizadas.
* Foi anunciada a primeira aeronave lançadora de drones do mundo pela China, capaz de transportar até 6 toneladas de drones.
O mercado de drones tem se mostrado particularmente significativo no conflito entre Rússia e Ucrânia, onde equipamentos menores e mais acessíveis são responsáveis por 70% dos danos causados ao exército russo. A inovação russa incluiu a adaptação de drones com fibra ótica para evitar bloqueadores de sinal.