Israel interceptou e tomou controle de um barco de ajuda humanitária que se dirigia a Gaza na madrugada desta segunda-feira (08/06). O veleiro Madleen, parte da iniciativa “Flotilha da Liberdade”, transportava 12 ativistas, incluindo a ativista sueca Greta Thunberg.
A embarcação, que havia partido da Sicília em 1º de junho, transportava suprimentos humanitários como fórmula infantil, alimentos, fraldas e materiais médicos. Os militares israelenses abordaram o veleiro em águas internacionais, conforme denunciado pela iniciativa “Flotilha da Liberdade”.
* Durante a interceptação, imagens divulgadas mostraram os ativistas com as mãos levantadas dentro da embarcação, enquanto recebiam ordens para jogar seus celulares ao mar.
* As forças israelenses conduziram o veleiro ao porto de Asdode, em Israel, com planos de deportar os ativistas para seus países de origem.
* A bordo estavam, além de Greta Thunberg, a alemã Yasemin Akar, o brasileiro Thiago Ávila e a eurodeputada francesa Rima Hassan.
O ministro da defesa israelense, Israel Katz, instruiu as Forças de Defesa de Israel (FDI) a exibirem aos ativistas imagens dos ataques de 7 de outubro realizados pelo Hamas. Katz referiu-se a Greta Thunberg como “antissemita” e declarou: “A antissemita Greta e seus amigos que apoiam o Hamas devem ver exatamente o que a organização terrorista Hamas realmente é”.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel criticou a iniciativa, chamando o veleiro de “Iate do Selfie” e caracterizando a ação como uma “provocação midiática”. A pasta também minimizou a quantidade de ajuda humanitária transportada, afirmando que “mais de 1.200 caminhões de ajuda entraram em Gaza vindos de Israel nas últimas duas semanas”.
A interceptação gerou críticas internacionais. A relatora especial da ONU, Francesca Albanese, declarou: “A jornada de Madleen pode ter terminado, mas a missão não acabou”. O Hamas classificou a ação como “terrorismo de Estado”, enquanto a Autoridade Palestina agradeceu aos ativistas pelos esforços em romper o cerco a Gaza.