Gleisi Hoffmann defende novos tributos sobre bets para compensar isenção do IOF

Gleisi Hoffmann defende novos tributos sobre bets para compensar isenção do IOF

Ministra das Relações Institucionais apoia medidas de Fernando Haddad para compensar isenção do IOF e defende maior tributação de apostas online

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, manifestou hoje apoio à proposta de compensação da isenção do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), apresentada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A iniciativa prevê novos tributos sobre apostas online e produtos financeiros.

Alinhada com Haddad, Gleisi Hoffmann enfatizou que as novas medidas tributárias não afetarão a população em geral. “São medidas que tentam corrigir questões do processo do sistema tributário, principalmente na área financeira. Estamos falando de pessoas que são os investidores, de rentistas e também de instituições financeiras”, declarou a ministra à imprensa.

Principais pontos da proposta:

* O governo e parlamentares discutiram o aumento da tributação das bets, fintechs e alguns títulos de crédito, com a proposta sendo apresentada ao presidente Lula (PT)

* Sobre as apostas online, Gleisi Hoffmann foi enfática: “Eu não vejo problema em aumentar a tributação de bets. Nós temos um problema hoje com as bets, que são todos jogos por celular. O que eles investem no Brasil? Que retorno trazem? Quanto emprego geram? Acho que tem que pagar mais imposto mesmo”

* Em relação à LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), a ministra esclareceu: “Nós não estamos falando dos agricultores, nós estamos falando de pessoas que investem nesse título. Parte desta renda é que vai para o financiamento da agricultura, mas a maior parte fica na mão de investidores”

A declaração de Gleisi Hoffmann aconteceu na entrada do TCU (Tribunal de Contas da União), onde representou o presidente Lula no julgamento das contas do governo em 2024. A proposta deverá ser enviada ao Congresso como medida provisória.

O decreto anterior do IOF passará por uma revisão completa, decisão tomada após pressão dos parlamentares e do mercado. O presidente da Câmara solicitou ao governo a apresentação de medidas estruturantes para evitar a votação de um projeto que derrubaria o decreto do IOF.

Mesmo com a participação dos presidentes das duas Casas na discussão, não há garantia de aprovação pelo Legislativo. Sobre isso, Gleisi considerou o debate “legítimo”, afirmando que “Congresso Nacional com certeza vai fazê-lo, né?”, evitando comentar diretamente as declarações do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

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