Uma recente polêmica nas redes sociais envolvendo a deputada Erika Hilton (PSol-SP) e o rapper Oruam desencadeou um intenso debate sobre a união entre grupos marginalizados. O episódio ganhou destaque após a parlamentar responder a uma publicação do artista, gerando diferentes reações entre os internautas.
A controvérsia se desenvolveu em dois lados distintos. Enquanto alguns apoiadores defenderam a atitude da deputada, ressaltando a importância do trabalho do artista junto às comunidades carentes do Rio de Janeiro, outros criticaram a aproximação devido ao histórico familiar do rapper, filho de Marcinho VP, conhecido líder do Comando Vermelho.
Em resposta às críticas, Erika Hilton se manifestou com um texto contundente, afirmando: “Se os filhos fossem responsáveis pelos crimes dos pais, metade dos gays do Brasil estariam presos por homofobia.” Esta declaração intensificou ainda mais o debate nas redes sociais.
O episódio levanta questões importantes sobre a fragmentação de grupos já marginalizados, um cenário que pode beneficiar setores conservadores da sociedade e prejudicar a luta das minorias. A discussão remete a teorias filosóficas históricas, como o “contrato social” de Rousseau, que em 1762 defendia a união dos indivíduos em prol da proteção mútua.
Em contraponto, também evoca reflexões sobre a visão de Nietzsche, que questionava a união social tradicional, valorizando a individualidade e a capacidade de questionar normas estabelecidas. O filósofo alemão desenvolveu estas ideias através de sua teoria do “super-homem” na década de 1880.
O debate atual sobre união social ganha novas camadas de complexidade em 2025, especialmente considerando a influência das redes sociais e da comunicação em massa. A discussão evidencia como a capacidade de compreender diferentes perspectivas pode ser crucial para o fortalecimento das minorias, enquanto a desunião representa um risco significativo para estes grupos.