No inverno da vida, a espera também é parte do crescimento
Estamos entrando em uma nova estação do ano aqui no Hemisfério Sul: o inverno. Um tempo de frio, de aconchego, e também de pensar naqueles que não têm recursos para enfrentar as adversidades. Mais uma oportunidade para refletir sobre como a chegada de algo novo pode nos tirar da zona de conforto.
Para muitos, este é o meio do ano. Alguns já colhem realizações; outros ainda aguardam que seus planos se concretizem. E, para isso, é preciso aprender a esperar — algo tão difícil em um mundo onde tudo parece já ter acontecido. Todos estão de malas prontas, todos parecem incríveis e perfeitos. Vivemos numa sociedade que nos empurra para além do nosso ritmo psicológico e emocional, nos fazendo sentir lentos, inadaptados, insuficientes.
Será que essa sensação também invade sua vida, roubando seus momentos de contemplação e construção?
A verdade é que sua vida é única e não depende do tempo dos outros. Apesar de sermos seres sociais, precisamos escutar nosso próprio ritmo e nossas reais necessidades. É essencial respeitar o processo singular de cada um — inclusive o nosso.
Podemos usar os tempos externos — as estações, as mudanças — como referências para nos posicionarmos diante da realidade. Mas não podemos nos tornar reféns de datas, que, em vez de organizar, podem escravizar e tirar a liberdade de viver plenamente.
Afinal, só crescemos quando ultrapassamos as marcas pré-estabelecidas. Vamos viver este inverno com abertura às possibilidades e aceitar que nem sempre precisamos ser perfeitos.