O mercado financeiro operou nesta segunda-feira em compasso de espera pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) prevista para quarta-feira (18). As taxas de juros futuros encerraram o pregão com viés de alta nos vencimentos curtos e intermediários, enquanto as longas apresentaram queda moderada.
As negociações foram marcadas por volume reduzido, evidenciando a cautela dos investidores antes de uma semana repleta de eventos importantes, incluindo não apenas o Copom, mas também a reunião do Federal Reserve.
* O DI para janeiro de 2026 encerrou na máxima de 14,880%, ante 14,837% do ajuste anterior
* O DI para janeiro de 2027 manteve-se estável em 14,16%
* O DI para janeiro de 2029 recuou de 13,52% para 13,46%
* O DI para janeiro de 2031 caiu de 13,66% para 13,61%
O estrategista-chefe da BGC Liquidez, Daniel Cunha, comentou sobre o momento do mercado: “A janela de informações e dados tecnicamente se fechou. Então, salvo grandes disrupções, até a deliberação de quarta-feira, tudo o que se tem de tangível já foi lançado”.
O mercado está dividido quanto à decisão do Copom, com probabilidade de 60% para um aumento de 25 pontos-base na Selic e 40% para manutenção da taxa. Cunha defende que um novo aperto monetário seria importante para a coordenação das expectativas dos agentes e recuperação da credibilidade da política monetária.
No cenário internacional, apesar da escalada do conflito entre Israel e Irã no fim de semana, o impacto nos mercados permanece controlado. O petróleo inclusive devolveu parte dos ganhos registrados na sexta-feira.
Em Brasília, o mercado acompanha as discussões sobre o projeto de decreto legislativo que visa sustar o novo decreto sobre o IOF, com expectativa de votação da urgência.
A combinação desses fatores, somada ao IBC-Br de abril que apresentou alta de 0,16%, acima da mediana das estimativas, contribuiu para o comportamento das taxas ao longo do dia.