Colheita do café no Sul de Minas avança com otimismo

Colheita do café no Sul de Minas avança com otimismo

Produtores da região mantêm expectativas positivas para safra, mesmo após impactos climáticos. Emater revisa perdas para 10% em relação ao ano anterior

A colheita do café no Sul de Minas, uma das principais regiões produtoras do país, está em pleno andamento, com 30% da safra já colhida em uma área produtiva de 557 mil hectares, segundo dados da Emater. Mesmo com os impactos climáticos registrados durante a florada, que inicialmente geraram preocupações, os produtores mantêm perspectivas positivas para a safra atual.

As estimativas iniciais de perdas foram revisadas pela Emater, reduzindo a previsão de 15% para aproximadamente 10% em comparação com o ano anterior, conforme explica a engenheira agrônoma Sirlene Renata Sanfelice.

Em São Sebastião do Paraíso, diferentes experiências demonstram o panorama da produção:

* Ricardo Fernando Silva, que cultiva café em 35 hectares, já colheu cerca de 10 toneladas, representando 20% da expectativa total de 800 sacas. “A expectativa na florada era de uma safra maior, mas tivemos um veranico e uma seca prolongada de seis meses, que acabou comprometendo. Mesmo assim, devemos repetir a produção do ano passado”, relata o produtor.

* Em outra propriedade da região, administrada por Luiz Paulo Kazuo Oikawa, a área de 55 hectares com 220 mil pés de café das variedades Catuaí e Mundo Novo projeta uma colheita de 1.300 sacas, um aumento de 15% em relação ao ano anterior. “Tivemos, sim, uma quebra, mas bem menor do que imaginávamos. O manejo que fizemos ajudou bastante”, afirma Oikawa.

Os produtores têm enfrentado desafios diversos, incluindo a escassez de mão de obra, que tem levado à maior mecanização das lavouras. Alguns agricultores que anteciparam a colheita enfrentaram problemas com grãos verdes e menor rendimento, enquanto aqueles que aguardaram o momento ideal estão obtendo frutos mais maduros e de melhor qualidade.

O café da região tem alcançado tanto o mercado interno quanto o internacional, com exportações para Europa e Ásia. O investimento em qualidade e certificações tem sido fundamental para garantir melhores preços e acesso a mercados mais exigentes.

A colheita deve prosseguir até agosto, com os produtores mantendo estratégias de manejo do solo e investimento em matéria orgânica para minimizar os impactos da seca e garantir a qualidade da produção.

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