O ativista brasileiro Thiago Ávila, que foi detido por Israel junto com outros 11 ativistas ao tentar romper o bloqueio marítimo para levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza, permanece sob custódia após se recusar a assinar documentos de extradição.
A embarcação Madleen, que integrava a Freedom Flotilla Coalition, foi interceptada em águas internacionais enquanto transportava arroz e medicamentos para Gaza. Entre os passageiros estava a ativista sueca Greta Thunberg, que já foi extraditada junto com outros três ativistas.
* Sete ativistas, incluindo Thiago Ávila, permanecem detidos em território israelense e serão apresentados a um juiz, conforme informado pelo governo de Israel.
* O ministro das Relações Exteriores israelense, Gideon Sa”ar, declarou: “Aqueles que se recusarem a assinar os documentos de expulsão e a abandonar Israel serão levados a uma autoridade judicial, de acordo com a legislação israelense, para que autorize sua expulsão”.
* Quatro detidos já foram extraditados: Greta Thunberg (Suécia), Baptiste Andre e Omar Faiad (França), e Sergio Toribio (Espanha).
Antes da interceptação, Thiago publicou alertas em seu perfil no Instagram, que possui mais de 780 mil seguidores. Em uma das mensagens, ele afirmou: “Estamos para ser atacados pelo mais cruel e odioso exército do mundo”. Em outro vídeo programado, declarou: “Se você está assistindo a este vídeo, quer dizer que fui detido ou sequestrado por Israel”.
A esposa de Thiago, Lara, fez um apelo público pela libertação do marido, com quem tem uma filha de 1 ano chamada Teresa: “Nós precisamos da ajuda de vocês, que cobrem parlamentares, o Itamaraty, o governo brasileiro”.
O governo israelense, em tom irônico, referiu-se à embarcação como o “iate das selfies” das “celebridades” e informou que a ajuda humanitária não consumida seria transferida para Gaza pelos canais humanitários oficiais.
O veleiro, que partiu da Itália em 1º de junho e fez escala no Egito antes de se aproximar da costa de Gaza, pertence à Coalizão da Flotilha da Liberdade, um movimento internacional não violento de solidariedade com os palestinos. O governo brasileiro exigiu a libertação imediata da tripulação após a interceptação da embarcação.