O ex-presidente Jair Bolsonaro confirmou ter realizado uma transferência via pix no valor de R$ 2 milhões para seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), que atualmente se encontra nos Estados Unidos. A revelação foi feita durante entrevista coletiva nesta quinta-feira (5), após prestar depoimento à Polícia Federal em Brasília.
Durante seu pronunciamento, Bolsonaro enfatizou a legalidade dos recursos e negou qualquer relação com financiamento de atos antidemocráticos. O ex-presidente explicou que a transferência foi motivada por um pedido de ajuda do filho para manter-se no exterior com sua família.
“O financiamento do meu filho, não é o financiamento em qualquer ato ilegal. Pediu para mim: estou com a esposa aqui, uma menina de quatro anos, que é minha neta, e um garoto de um ano, que é meu neto. Pode me ajudar? Ajudei. Botei um dinheiro na conta dele, bastante até. E ele está levando a vida dele”, declarou Bolsonaro.
Segundo o ex-presidente, Eduardo Bolsonaro inicialmente viajou aos Estados Unidos durante o período do carnaval, aproveitando um feriado prolongado em Brasília. No entanto, sua permanência no exterior se estendeu após o deputado federal Lindbergh Farias, líder do PT na Câmara dos Deputados, ter solicitado a cassação de seu passaporte.
“O meu filho aproveitou o carnaval, feriado mais prolongado aqui em Brasília e foi com a família para os Estados Unidos. Coincidência, no mesmo dia, foi pedicionado junto ao MP, por Lindbergh Farias e outro, que iam caçar o passaporte dele. O ministro Alexandre de Moraes pediu pro PGR se manifestar em cinco dias. E ele não se manifestou, o tempo foi passando. O meu filho decidiu, então, no décimo oitavo dia, ficar lá fora”, explicou o ex-presidente.