O Sind-Rede/BH, sindicato que representa os professores de Belo Horizonte, manifestou-se nesta sexta-feira (28) contra a decisão do prefeito Álvaro Damião (União Brasil) de judicializar a greve dos professores municipais. O sindicato classificou a medida como “autoritária” e afirmou que ainda não foi notificado oficialmente sobre a ação.
A paralisação, que já dura 22 dias, afeta aproximadamente 80% das escolas da capital mineira. O sindicato defende a legalidade do movimento, afirmando que “A greve é um direito legal, tudo que fizemos está dentro das previsões legais, não há motivo para temermos a judicialização”.
Principais pontos do embate:
* A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) apresentou uma proposta que inclui reajuste de 2,49%, correspondente à inflação medida entre janeiro e abril de 2025, além de benefícios como aumento do vale-refeição para R$ 60 por dia e estabelecimento da data-base em 1º de maio
* O sindicato contesta o corte de ponto dos professores grevistas, argumentando que eventuais descontos só poderiam ser aplicados nos salários de agosto
* A categoria considera insuficiente o índice de reajuste proposto, alegando que não compensa as perdas salariais históricas em relação à inflação e ao Piso Nacional do Magistério
* Álvaro Damião anunciou a abertura das escolas no sábado (28) para servir merenda aos alunos, medida considerada inviável pelo sindicato devido à falta de estrutura necessária
A PBH confirmou que já protocolou junto ao Tribunal de Justiça um pedido de declaração de ilegalidade da greve. Uma nova assembleia da categoria está agendada para 1º de julho, onde serão discutidos os próximos passos do movimento.